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Setor de máquinas agrícolas comemora volta

Chuva no feriado de Sete de Setembro afastou possíveis compradores, mas não diminuiu otimismo dos expositores

Lauro Alves / Agencia RBS

Responsável por puxar o largo volume de negócios na Expointer, o setor de máquinas agrícolas voltou ao Parque Assis Brasil com otimismo e já observa bons resultados. No ano passado, a edição do segmento foi totalmente digital. Neste ano, o retorno a Esteio conta com a presença de 85 empresas e expectativa de celebrar faturamento de R$ 1 bilhão, de carona com o bom momento do agronegócio.

 

— Foi uma surpresa agradável ter, aqui, 85 empresas. Só por isso, já garantiu o sucesso da feira. Alguns associados estão vendendo o mesmo que em 2019 — afirmou Cláudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers).

 

A alta demanda, embalada por uma supersafra com bons preços, e a falta de alguns componentes, que afeta a indústria como um todo, porém, estão atrasando as entregas. Segundo Bier, nenhuma empresa tem produto para entrega antes de 120 dias. Também por isso, a Expointer ocorre em momento crucial:

 

— Este ano tem essa peculiaridade, e o contato direto com a indústria na feira afeta positivamente. Como não temos a pronta entrega, o pessoal está vindo para comprar e receber o mais rápido possível — diz.

 

No feriado de Sete de Setembro, entretanto, a chuva constante afastou possíveis compradores. Mas não diminuiu as boas expectativas dos expositores.

 

No estande da John Deere, única representante do time das grandes fabricantes presente na edição deste ano, os resultados obtidos até agora animam. Mais de 10 grandes negócios formam firmados desde a abertura da feira, no último sábado (4), pela concessionária Verdes Vales, com sede em Santa Maria. Em anos de feira com público normal, a empresa chegou a negociar em torno de R$ 100 milhões – cifra reduzida para este ano, esperada para R$ 40 milhões em função da exposição em menor porte.

 

— Está tendo fila de negócios e há compras encaminhadas já para o ano que vem

— conta o gerente da Verdes Vales, Diogo Tosetto.

 

Por conta da disponibilidade restrita de equipamentos, a empresa levou menos opções ao parque. Mas há máquinas tanto da linha amarela, direcionada à construção, mas com cada vez mais uso no campo, quanto da linha verde, essencialmente agrícola.

 

O lançamento da John Deere, na feira, é uma pá carregadeira com sistema de solução conectada, que permite identificar problemas de manutenção preventiva na máquina. O aparato custa R$ 700 mil e está alinhado à tendência da agricultura de precisão. Mas é uma escavadeira de 40 toneladas, a maior máquina da Expointer, que atrai mais curiosidade dos visitantes que passam pela área.

 

O bom momento do agronegócio chega também às empresas menores. As máquinas para plantio direto são o carro-chefe da Imasa, de Ijuí, que neste ano aponta já ter crescido 50% acima do que havia estipulado como meta. Como a demanda para este ano já está tomada, a empresa rumou para Esteio mais focada na vitrine da Expointer para exibir suas novidades do que propriamente para fechar negócios. Ainda assim, em torno de R$ 6 milhões já haviam sido comercializados desde o começo da feira.

 

— Apesar do público restrito, a gente acolheu e abraçou a feira. Nos preparamos tendo maquinário ou não. E estamos fechando negócios, tanto para este ano quanto para o ano que vem — conta André Mello, gerente-comercial da Imasa.

 

Na última edição antes da pandemia, em 2019, o setor de máquinas agrícolas e equipamentos agropecuários alcançou R$ 2,69 bilhões em intenção de vendas na Expointer. O setor vive um momento favorável de expansão. O crescimento na produção nacional é de 37,5% nos últimos 12 meses até julho.

Fonte: GZH Economia

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