Mercado de Locação Veículos & Mobilidade

Veja as análises do mercado para a Movida (MOVI3) após resultados do 1º trimestre

A Movida vendeu 15,2 mil carros no primeiro trimestre de 2022, alta de 184,3% no ano e de 22,1% em relação ao último trimestre do ano passado. O volume de carros vendidos é o maior desde o registrado no segundo trimestre de 2020, quando foram vendidos 18,4 mil veículos.

A venda de seminovos tem sido um dos destaques positivos da companhia, dada a capacidade ainda fraca das montadoras diante da falta de componentes.

Veja, abaixo, a opinião de analistas do mercado sobre os resultados da empresa e as perspectivas para os papéis da Movida negociados na bolsa brasileira, a B3:

Citi

Os resultados da Movida no primeiro trimestre foram robustos, diz o Citi, com o Ebitda de R$ 863 milhões vindo 14% acima do que esperava o banco. A instituição destaca que a locadora de veículos apresentou crescimento forte e menos distorções nos gastos com depreciação do que pares.

Os analistas Stephen Trent e Filipe Nielsen escrevem que a queima de caixa da companhia, com geração de fluxo de caixa negativa em R$ 4 bilhões, pode chamar atenção dos investidores, mas coincidiu com um período de aquisições e renovação da frota.

“Relativamente a seus pares nacionais, as aquisições da CS Frotas, Vox e Marbor mostram uma estratégia de crescimento bem sucedida e de baixo risco”, afirmam. Com uma frota de veículos mais jovem, a Movida pode ir atrás de clientes premium com a normalização de preços no setor.

O Citi tem recomendação de compra para Movida, com preço-alvo em R$ 27, potencial de alta de 48,7% sobre o fechamento da última sexta-feira.

Credit Suisse

Os números da Movida no primeiro trimestre foram fortes e dentro do esperado, diz o Credit Suisse. O Ebitda de R$ 863 milhões e o lucro líquido de R$ 258 milhões vieram 1% e 3,2% além das projeções do banco suíço para o período.

Os analistas Regis Cardoso, Henrique Simões e Alejandro Zamacona escrevem que o segmento de aluguel de veículos cresceu sequencialmente, apoiado em maiores tarifas, mesmo com redução nas diárias e na taxa de utilização.

“O resultado reflete a decisão da Movida de priorizar aluguéis de curto prazo para indivíduos, o que leva a um melhor mix de tarifas e margens, com queda na taxa de utilização”, comentam.

Gestão de frotas e seminovos também apresentaram bons resultados, com crescimento de Ebitda e margens. Os analistas acreditam que as margens dos negócios devem continuar a crescer nos próximos trimestres.

Entre os pontos de atenção no balanço estão o aumento da depreciação da frota, com veículos novos sendo adquiridos a preços mais altos do que a média da frota, além da expansão da dívida líquida, resultado da adição de veículos no fim do último ano.

O Credit Suisse tem recomendação neutra para Movida, com preço-alvo em R$ 21, potencial de alta de 15,7% sobre o fechamento da última sexta-feira.

XP

A Movida teve um bom resultado no primeiro trimestre, diz a XP, com o lucro líquido de R$ 258 milhões superando em 19% as estimativas da casa, mesmo com aumento nas despesas financeiras.

Os analistas Pedro Bruno e Lucas Laghi destacam a continuidade do forte desempenho de margem dos segmentos de aluguel, refletindo tarifas médias sequencialmente mais altas, além de mais um período positivo para seminovos.

Entre os pontos negativos, eles apontam o leve crescimento no volume do segmento de locação de veículos, impactado principalmente pelo ambiente restritivo de oferta de carros, além do aumento sequencial na depreciação e nas despesas financeiras.

A XP tem recomendação de compra para Movida, com preço-alvo em R$ 26, potencial de alta de 43,2% sobre o fechamento da última sexta-feira.

Ativa Investimentos

A Movida apresentou um bom resultado trimestral, em linha com as estimativas, com retorno sobre patrimônio (ROE, na sigla em inglês) ainda alto apesar da piora no custo de crédito, avalia a Ativa Investimentos, em relatório.

Os analistas Leo Monteiro e Pedro Dietrich escrevem que o bom desempenho se deu pelo crescimento de frota, o que permitiu expansão no número de diárias em aluguéis de carros (RAC, na sigla em inglês), do aumento nas tarifas em aluguéis e terceirização de frotas e pela retomada no número de carros vendidos com alto preço em seminovos.

O segmento de aluguéis de carros apresentou um crescimento de 62,9% em base anual na receita líquida, impulsionado tanto pelo maior número de diárias quanto pelo crescimento no preço das tarifas, que chegaram ao recorde histórico de R$ 127,5, segundo os analistas.

De negativo, eles destacam a piora na depreciação, em função dos novos veículos adicionados à frota, a geração de caixa operacional negativa no trimestre e a piora no resultado financeiro.

Ainda assim, a empresa possui hoje a frota mais nova do setor, adiantando o efeito negativo da retomada da depreciação com renovação de frota, além de seguir reportando crescimento nas tarifas e volume de diárias e aumento substancial de margens, dizem os analistas.

A Ativa manteve sua recomendação de compra para as ações da Movida, com preço-alvo de R$ 27,60, potencial de alta de 52% ante o fechamento anterior.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO.

Fonte: Valor Investe

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