O 17º Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção aponta que tanto o segmento de máquinas da linha amarela quanto o setor de equipamentos para construção como um todo devem registrar um aumento estimado de 4% nas vendas para o próximo ano. Essa previsão indica uma perspectiva positiva e um cenário favorável para a indústria de equipamentos de construção, sugerindo um impulso na demanda por máquinas e equipamentos utilizados nesse setor.
De acordo com o estudo realizado, o mercado de venda e aluguel de equipamentos para construção civil apresenta um grande potencial. Estima-se que existam cerca de 30 mil empresas especializadas em locação de equipamentos no mercado brasileiro, o que corresponde aproximadamente a 30% das vendas de máquinas da linha amarela.
Além disso, o estudo revela que o segmento possui uma capacidade de faturamento estimada em R$ 21 bilhões anualmente, correspondendo a aproximadamente 0,26% do Produto Interno Bruto (PIB). Esses números ressaltam a importância e o tamanho desse mercado, indicando um cenário promissor para o setor de equipamentos para construção civil no Brasil.
A cada ano, a Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) promove um estudo abrangente do mercado de equipamentos para construção no Brasil, com o intuito de examinar as tendências e as perspectivas desse setor. Esse estudo é conduzido por meio de perguntas direcionadas e coleta de informações fornecidas por fabricantes, distribuidores e empresas especializadas em locação de equipamentos de todas as regiões do país. A pesquisa visa fornecer uma visão abrangente e atualizada do mercado brasileiro de equipamentos para construção, permitindo uma análise profunda das condições e das expectativas desse setor em constante evolução.
O estudo aborda uma variedade de tópicos e indica um crescimento contínuo no setor desde o fim do período mais crítico da pandemia. De acordo com os dados apresentados, houve um aumento significativo nas vendas e comercialização de máquinas da linha amarela, com um crescimento de 39% em 2021, totalizando 31,2 mil unidades vendidas. Além do setor da construção civil, espera-se um crescimento adicional impulsionado pelo setor agrícola, o que pode ter um impacto positivo nos resultados das empresas envolvidas na venda e aluguel de equipamentos e máquinas. Em 2021, por exemplo, a agricultura representou 19% das vendas de máquinas da linha amarela, e especialistas de mercado entrevistados para a pesquisa destacaram que foi nesse setor que a demanda por máquinas pesadas mais cresceu. Esses indicadores demonstram a resiliência do mercado e as oportunidades de crescimento para empresas que atuam nesse segmento, especialmente em relação à demanda impulsionada pelo setor agrícola.
José Antônio Valente, diretor da Trans Obra, uma empresa de locação de equipamentos, expressa a opinião de que, além do setor da construção civil, o agronegócio também terá um papel significativo no aumento das vendas e aluguéis de equipamentos em 2023. Isso inclui diversas áreas, como o aluguel de máquinas e equipamentos de médio e grande porte tanto para a construção civil quanto para o agronegócio. Essa tendência também gera uma demanda frequente por peças e acessórios, o que é bastante comum nesse setor. Exemplos dessas demandas incluem a locação de mangotes, motores, compressores e bombas.
“Esperamos por esse crescimento para aumentar os resultados no negócio de aluguel de equipamentos para indústria da construção. O momento é de estar preparado, pois o próprio agronegócio pode contribuir para alavancar os números e gerar maior demanda de máquinas por aluguel ou venda”.
Outros estudos indicam que o setor da construção civil está em crescimento, impulsionado principalmente pela construção de edifícios e infraestrutura. De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), espera-se um crescimento de 2,5%. Durante o último biênio (2021/2022), a construção civil apresentou um crescimento de 17,7%, em comparação com os 8,2% da economia nacional. Somente nos 12 meses encerrados em setembro de 2022, o setor registrou um crescimento de 8,8%. José Carlos Martins, presidente da CBIC, expressou otimismo em relação ao setor para o ano de 2023. Além disso, ele ressaltou a importância dos investimentos em infraestrutura, afirmando que é uma decisão estratégica para impulsionar o crescimento do país, alcançar desenvolvimento social e humano, e gerar resultados positivos para a população no futuro.
Há otimismo no setor de máquinas agrícolas para o ano de 2023. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), as vendas apresentaram um crescimento de 1,7% em 2022 em comparação com o ano anterior. Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara de Máquinas Agrícolas da ABIMAQ, compartilhou suas expectativas para o setor. Ele ressaltou que o setor tem apresentado crescimento contínuo desde 2017, com aumentos expressivos de 17,7% em 2020 e 42,5% em 2021, números excepcionais para a indústria. Esse cenário otimista é resultado dos bons preços recebidos pelos agricultores no período de 2020 a 2022.
Fonte: Fusne
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