A Tuim, startup de móveis por assinatura, nasceu da ideia de que nada se perde, tudo se reutiliza. Com planos mensais, a empresa paulista quer trazer uma maior liberdade àqueles que querem mudar a “cara” do ambiente e trocar de móveis com a mesma flexibilidade com que mudam suas preferências de decoração.
O nome da empresa brinca com um detalhe curioso sobre o pássaro Tuim: a espécie é conhecida por “alugar” as casas já prontas do joão-de-barro por uma temporada. A circularidade por trás da startup a aproxima desse hábito.
Lançada no final de 2019, a startup enfrentou, logo em seu primeiro ano de operação, um cenário atípico – mas otimista. Foi aproveitando a onda de empresas do setor imobiliário que esbanjam crescimentos exponenciais que a Tuim viu a oportunidade de agir. “Os períodos de locação de imóveis também estavam cada vez mais curtos e surgiram muitas empresas neste mercado. Foi a partir dessa disposição para mudança de hábitos do consumidor e do momento atual que vimos a oportunidade de lançar a Tuim”, diz Pamela Paz, presidente da Tuim.
Também em 2020, a Tuim viu disparar o número de pedidos por móveis de escritório como consequência direta da popularização do trabalho remoto. A busca por mais conforto também ajudou a Tuim a se tornar mais comum entre os entusiastas do home office. “As pessoas estão preocupadas também em se sentir mais à vontade em sua residência, de terem móveis que lhe agradem – principalmente com o maior tempo em casa”, diz.
Para ter acesso aos móveis da plataforma, a Tuim trabalha através de assinaturas mensais, tal como as plataformas de streaming Netflix e Spotify. Na plataforma online, o consumidor escolhe um período de tempo a partir de três meses, e também tem direito a entrega e montagem, tudo por conta da Tuim. Manutenções e reparações de eventuais danos também estão inclusos nos contratos.
Hoje a Tuim tem cerca de 600 assinantes e espera quadruplicar esse número até o final do ano (a empresa não divulga o faturamento). Não será uma missão fácil, dada a quantidade de encargos para manter o negócio operando, como as despesas com entregas e manutenções. A startup, porém, está confiante de que será capaz de lucrar com a mudança de hábito no consumo, preocupação ambiental e com a tendência crescente por serviços de streaming.
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